Chegando em minha rua hoje, tive que por meus pés na água, que vocês podem ver nessa foto acima. É uma sensação bem chata, apesar de comum em todos os lugares que morei, desde Mutuapira, passando pelo Mutuá, Vila iara e agora Gradim.
Acho complexo demais essa situação, muitas pessoas são bem panfletárias em relação ao assunto. Não gosto de ser chato, mas alagamento não é exclusividade de áreas pobres, tanto que na zona sul do rio, toda hora também rola alagamento. O problema do alagamento nesses casos é que nitidamente o pós alagamento para os mais pobres é pior e ai sim a questão da infra estrutura é importante.
Não consigo colocar e apontar o dedo para o Estado. Não tem como, 200 anos atrás, um brasileiro imaginar que hoje teríamos tanta gente por essas bandas. A estrutura construída ao longo dos anos, nunca pensou na possibilidade de crescimento do mundo, exemplo disso é a ponte Rio Niterói, que no momento de sua construção, tinha o funcionamento ideal, mas que ao longo dos anos, o Estado não conseguiu organizar, mas ai tem a questão do sistema político do Brasil que não permite continuidade em nenhuma hipótese.
Outra questão fundamental também é a natureza, que é algo imprevisível e que qualquer pessoa do mundo, sabe que se chover muito num mesmo lugar, a tendência é alagar, pois o solo não consegue dar conta de tanta água como percebemos em algumas chuvas. Além disso, a própria população não tem vergonha de jogar indiscriminadamente lixo nas ruas e ainda reclamam dos alagamentos.
Resumindo, é um circulo vicioso e a culpa é do sistema do mundo e não de um ou outro órgão.
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