Câmara dos vereadores e o caso do transporte público


Horas atrás, estive na câmara de vereadores para ver o que estava rolando de debate pela cidade. Sempre falo com as pessoas de que visitar a câmara pelo menos uma vez por semana, nos dá a sensação de que estamos tão mal representados. Grande parte dos vereadores não dão conta do recado afinal. Além disso, a cidade está completamente paralisada para saber o que acontecerá com a galera do transporte alternativo, que está sem resposta da câmara.

Apesar de não ser lá o conhecedor da política, vejo sempre um problema em relação ao papel do Legislativo e em relação ao papel do Executivo. Em relação a regulamentação ou não do transporte alternativo, a responsabilidade é da Câmara dos Vereadores, pois são eles que votam as leis da cidade. Óbvio que a relação com o executivo é importante, mas isso não tira a responsabilidade de quem de fato, organiza as leis da cidade.


Pessoalmente, acho importante regulamentarem os transportes alternativos em São Gonçalo, pois o nosso serviço de transporte público é muito ruim. Eu, por exemplo, dependo da Linha 42, 45 e 526A para ir para o Centro de São Gonçalo, mas são todas linhas de uma mesma empresa, ou seja, o serviço é muito ruim e como não tem concorrência, não tem porque eles melhorarem a nossa viajem.

O transporte alternativo, acaba cumprindo um papel auxiliar na cidade e abre uma concorrência importante. Não dá para ignorar o trabalho do Transporte Alternativo, numa cidade com mais de um milhão de habitantes e que tem uma demanda monstruosa de mobilidade urbana, por falta de investimento ao longo dos últimos 50 anos. A única forma de justificar a não circulação das vans, é construindo a linha 3 do metrô,  construindo as barcas e garantindo fiscalização contínua perante as empresas de ônibus.

É isso, viva o transporte alternativo, que possui homens sérios e que cuidam de suas famílias de forma honesta. Irregularidade por irregularidade, os ônibus da cidade não poderiam circular nem aqui, nem na china. Se o problema é irregularidade, o papel do poder público é fiscalizar, multar e apreender, assim o transporte vai melhorar naturalmente. Que a câmara vote a favor da galera das vans.

2 comentários:

  1. Fala aê conterrâneo de bairro, espero que estja tudo na paz com você.

    Na parte do seu post quando você falou das linhas de ônibus pra quem é daqui do Gradim e precisa ir no Centro de São Gonçalo, você esqueceu de citar a linha 31 (Praia da Luz- "Barreto"), da Expresso Tanguá. Infelizmente, é a Viação Estrela é quem manda no transporte público aqui no bairro, mas tem a Tanguá correndo por fora.

    Abração e parabéns pelo blog

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  2. Essa questão de transporte público é absurdamente complicada, quando não deveria ser. O problema é que, quem deveria apontar soluções para o problema, seriam engenheiros civis com ênfase em transportes, e não políticos, muito menos empresários de ônibus, que são os que mandam na cidade atualmente. Os engenheiros organizariam pesquisas de oferta-demanda, escolheriam e dimensionariam o modal de transporte a ser utilizado, enfim, dariam uma solução técnica para o problema.

    Sobre o transporte alternativo por vans, na minha opinião, é errado e caro (para o motorista, consequentemente para o passageiro) colocá-las para fazer concorrência aos ônibus, por um motivo bem simples: a van tem capacidade para atender a uma demanda, que é bem menor que a de um ônibus. Então, por que não colocar as vans para fazerem trajetos menores (economia de combustível), mas que sejam suficientes para andar com a capacidade máxima? Assim, as vans poderiam ser alimentadoras dos ônibus, que também não precisariam dar tantas voltas e fariam trajetos mais rápidos e com maior frequência. Em Santa Isabel, por exemplo, poderia ter uma linha de ônibus (no futuro, BRT, assim espero) saindo da praça do bairro, sendo alimentada pelas vans que viriam de Itaitindiba, Quinta Dom Ricardo e por aí vai.

    Infelizmente, vemos em São Gonçalo que a concorrência não resolve nossos problemas... A Rio Ita faria concorrência com a Mauá para oferecer ar condicionado nos ônibus, até que fizeram um acordo e resolveram que ninguém iria colocar ar condicionado. Absurdo! Ou então uma empresa que faz concorrência é comprada pela outra, como ocorreu com a ABC, pela mesma Mauá. O que resolve é uma licitação e fiscalização séria por parte do Estado.

    Estou morando na Alemanha e aqui o transporte funciona muito bem. Em Bochum, onde moro, vivem 400 mil habitantes e existe apenas uma empresa de ônibus. Mas tem também metrô, VLT e linhas de trens regionais. Os ônibus não competem com o metrô, que não compete com o VLT. São todos complementares e cumprem rigorosamente os horários estabelecidos. Assim funciona.

    Então o problema não é a Estrela monopolizar a região do Gradim. O problema é a empresa fazer o que bem entende, sem sofrer qualquer tipo de fiscalização da prefeitura, que deixa rolar solta a situação, além de não ter ônibus suficientes (e de tamanho compatível) para atender a demanda do bairro...

    Desculpa o tamanho do texto! rs

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