São Gonçalo está sem Secretário de Cultura, uma pena.


Já faz quase um mês que a Secretaria de Cultura de São Gonçalo está sem secretário, ou seja, estamos sem uma liderança na gestão pública que dê conta das demandas das políticas públicas da cidade. Seria como se uma empresa não tivesse seu gerente durante o processo de vendas.


Pois bem, a história é a seguinte. São Gonçalo, é uma das cidades que politicamente funcionam de forma pouco ideológica, ou seja, os partidos políticos não seguem suas orientações políticas partidárias e dentro da lógica do Arco de Alianças, não existe nenhuma regra, o que é um problema. Seria como se amanhã o Flamengo fizesse uma parceria das categorias de base com o Vasco, ou seja, algo improvável, mas que em São Gonçalo, não é tão improvável assim. 

Enfim, o que acontece é que Carlos Ney, o antigo secretário saiu e não houve um processo de transição, onde um novo secretário ficará sem saber nada com nada sobre esse processo, coisa que fará diferença, para a condução dos projetos culturais na cidade. Se a gestão pública não garantir continuidade nos projetos públicos, as coisas ficam complicadas. A secretaria de cultura andava fazendo uma boa gestão do ponto de vista institucional. Trouxe bons projetos, como é o caso da Usina Cultural, que a priori, não tem ninguém coordenando, tem o conselho de cultura, que ficou sem posse pelo problema de informação, além é claro, das atividades culturais, que para mim, fazem muita falta.

Na minha opinião, a questão não é o problema institucional de não ter secretário que me afeta, mas sim da politização da cultura, que não deveria ser feita. Sou completamente contra a pausa dos projetos da cidade, por questões políticas. A cidade passa por uma efervescência cultural nunca antes vista e o apoio da prefeitura nesse sentido, seria importante e fundamental para manter a agenda da cidade.

Por fim é isso, espero mais uma vez que os artistas entendam que para fazer arte, precisam entender de burocracia social, se não, vão viver de qualquer coisa, menos de arte. Fica aqui o grande abraço para o Projeto Alternativo, que pediu que eu falasse sobre o tema, e que anda catalizando esses debates aqui na cidade. As vezes eu e o André, pensamos diferentes, mas sempre com o mesmo foco de defender a sociedade. Espero que esse debate vá para frente e que o Conselho de Juventude e o Conselho de Cultura, possam se organizar em conjunto, seja com ou sem posse.

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