Marilyn Pires |
São Gonçalo é uma cidade que, historicamente, investe pouco na pasta cultural. A Secretaria de Cultura, ainda que tenha tido um aumento significativo nos últimos anos, não dá conta da demanda da cidade. De um lado, o aumento populacional, que cresce junto com a produção cultural combinada de diversas formas, gerando então, demandas maiores e ainda mais específicas.
Baseando-me por comentários de atores, produtores e dando uma olhada rápida nos jornais da cidade, em relação às atividades e secretários de Cultura da cidade, nas últimas gestões, percebi que existia sempre uma boa vontade de organizar a cultura na cidade por parte do poder público. Porém, a eterna lógica do asfalto como prioridade populacional, seja como política pública ou seja como investimento, fazia com que a Secretaria de Cultura, fosse apenas um evento, ou seja, aparecendo nas inaugurações, datas festivas, ou em programas pequenos de formações.
Pegando esse histórico e fazendo um paralelo com a Produtora Cultural e Poeta, Marilyn Pires, descobri, que durante todo processo da Cultura da Cidade, nos últimos 20 anos, a Marilyn, foi fundamental para a execução e captação de recursos para a cidade. Abaixo descrevo parte de seu currículo dentro da Prefeitura e depois, faço uma descrição do motivo, pelo qual, eu acho que é uma grande oportunidade para ela estar na gestão da cidade.
Trajetória de Marilyn Pires na Prefeitura de São Gonçalo
• 1992 a 1994 – Coordenadora de Cultura
• 1994 a 1996 – Coordenadora de Artes e Tradições Populares
• 2002 - Coordenadora de Artes e Tradições Populares
• 2007 – Diretora de Cultura
• 2007 – Elaboração da Eleição do Conselho Municipal de Cultura na II Conferencia Municipal de Cultura de São Gonçalo
• 2007 – Assessoria de Coordenação da Rota Cultural (Agenda Cultural de São Gonçalo) nº01 e nº2
• 2008 – Diretora de Divisão Secretaria de Ciência e Tecnologia
• 2009/2012 – Assessora para Assuntos Culturais da Secretaria Municipal de Cultura
Porque eu me posicionei nesse sentido hoje? Acho que meu papel na cidade, nem é tanto essa coisa de apontar quem pode ser ou não melhor gestor, alguns pedidos de apoio, inclusive, me foram feitos para uma ou outra pasta, para tentar criar um laço popular para uma indicação. Não fiz por dois motivos, um por não achar necessariamente que a gestão pública precisa de um daqueles gestores administrativos ou que sejam de relação próxima e segundo, por conta de não ter nenhuma influência dentro do Governo Neílton, tendo em vista, minha querida idade (23 anos) e por não ter feito campanha de nenhum candidato nesse pleito.
Acho que a cidade precisa de um Secretário de Cultura, nesse início de Governo, que consiga ter velocidade para resolver as questões da cultura. Sejam os contratos que já estão fechados e sem execução, seja a abertura de editais públicos e alguém que de certa forma, esteja conectado com as novas questões da cidade. São Gonçalo não é só teatro, dança, artes plásticas e as linguagens já consolidadas pelo país. São Gonçalo é uma cidade que tem potencial para outras linguagens que ainda não são "catalogáveis" e daquelas que também são reorganizadas, através da Cultura Digital, através da Cultura Urbana, etc.
Marilyn, dentro das possibilidades que a Gestão do Neílton traz, sobretudo por conta de ela ter o apoiado na campanha, me é a indicação mais lúcida que eu poderia acompanhar. Até existem nomes que podem gerenciar bem a pasta, mas gerencia não é para a cultura. Marilyn, por conta de ter sido a última Coordenadora Ativa de Projetos da Secretaria de Cultura, pode dar conta de finalmente a cidade ter lançamento de Editais Públicos e que não sejam fechados apenas na tradição mediana das linguagens já consolidadas. Ela pode dar conta de pensar nas estratégias de reorganizar a relação com o Ministério da Cultura e Secretaria de Estado de Cultura, que nos últimos meses, era o contato para "saber" como andava o município, entre outras características que na minha humilde opinião, podem dar conta de resolver os problemas administrativos e imateriais da Secretaria de Cultura.
Enfim, sei que seja ela ou qualquer outro nome, teria que se basear num plano de governo pré-estabelecido pela base aliada e pelo Prefeito da gestão, porém, creio que ela conseguiu conciliar bem, seu papel na cultura do seu papel como militante, não sendo panfletária durante as eleições e sempre sendo bem crítica, quanto as possibilidades que ela não era a favor. Torço para que ela seja a Secretária de Cultura, mas caso não seja, a gente ta nas carne também, na cola do Secretário.